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Crianças que estavam desaparecidas são encontradas em situação análoga à escravidão

As crianças estavam em situação análoga à escravidão, de acordo com o secretário de Segurança do município, Anderson Gouveia.

A primeira criança foi encontrada na última sexta-feira (20), dentro de um bar de Marataízes, no Sul do estado, na companhia de uma mulher. No sábado (21), as outras duas crianças foram resgatadas de uma casa onde eram mantidas em cárcere privado, em Piúma, ainda de acordo com Anderson Gouveia, por uma outra mulher.

Os nomes e as idades dos envolvidos no caso não foram divulgados.

A abordagem à primeira mulher, em Marataízes, foi realizada por agentes da Guarda Civil Municipal após receberem denúncia do pai de duas das crianças desaparecidas.

O pai, em 2021, registou boletim de ocorrência em Cachoeiro de Itapemirim sobre o sumiço e foi aberto um inquérito de investigação de cárcere privado e sequestro.

De acordo com ele, uma mulher foi vista em Marataízes na companhia de crianças com as mesmas características dos filhos sumidos. A mulher foi encontrada por meio de câmeras de videomonitoramento da cidade.

Questionada pelos agentes da Guarda, a mulher deu um nome falso e afirmou que não tinha documentos de identificação, mas na bolsa dela foi encontrada uma carteira de habilitação.

Coagida pela mulher, a criança, que estava com uma caixa de cocadas para venda, também deu um nome falso para os agentes, de acordo com Anderson.

Secretário fala em organização criminosa

Ambos foram levados para a Delegacia Regional de Itapemirim. No local, o pai reconheceu a criança como sendo um de seus filhos sequestrados.

Durante depoimento, a mulher informou que o outro filho do homem e duas crianças estavam em uma casa em Piúma.

Policiais foram até o endereço no sábado (21) e encontraram as três crianças sendo mantidas no local por uma outra mulher.

Para o secretário Anderson Gouveia, trata-se de uma organização criminosa com foco em sequestrar crianças e obrigá-las a trabalhar com venda de produtos em bares e semáforos em municípios do Sul do estado.

“Lá [na casa em Piúma] descobriram que tinha e outra parte da quadrilha, uma mulher com mais três crianças, fazendo o mesmo trabalho, em situação análoga à escravidão. A criança encontrada em Marataízes não estava machucada, mas suja, e todas não estavam sendo muito bem alimentadas”, disse o secretário.

O Conselho Tutelar de Marataízes foi acionado e as quatro crianças resgatadas foram encaminhadas para as famílias.

A Polícia Civil foi procurada pela reportagem, mas não forneceu informações sobre a linha de investigação do caso e nem sobre a autuação das mulheres presas até a última atualização deste texto.

Fonte: Globo

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