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Dia 28 de maio chama atenção para redução da mortalidade materna

O dia 28 de maio é o Dia Nacional da Luta pela Redução da Mortalidade Materna. Silvia Farges, médica ginecologista e professora de Ginecologia e Obstetrícia do curso de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica) de Londrina, comenta o assunto.
“O que é morte materna? É a morte de uma mulher durante a gestação ou até quarenta e dois dias do final da gestação e mortes investigadas até um ano depois do término da gestação”, explica. “A prevenção da morte materna, a redução da mortalidade materna foi o objetivo do milênio do qual o Brasil foi signatário. A finalidade era que houvesse uma redução de dois terços na taxa de óbitos de mães, ou seja, 75% no país. Nós tivemos uma redução importante que era de 144 para 62 mulheres a a cada cem mil nascidos vivos no Paraná. Mas a mobilização é porque em 97% de todas essas mortes maternas, as causas são evitáveis! Noventa e nove por cento das mortes maternas ocorrem em países subdesenvolvidos. Apenas um por cento dos óbitos em um dos países desenvolvidos”, frisa a médica.

“A primeira causa de óbito em nosso meio é a hemorragia, seguido da hipertensão durante a gestação e, em terceiro lugar, as infecções que geralmente são infecções pós-parto ou urinária. A gestação é a quarta causa de morte por complicações de abortos inseguros. Pode ocorrer intervenção pra que isso diminua com políticas públicas: melhoria do pré-natal, não do número de consultas, mas prover um período de acompanhamento de qualidade porque as doenças e outras coisas, se devidamente tratadas no pré-natal, podem evitar o óbito dessa mulher; uma humanização no parto; melhores condições de parto e melhor atenção as mulheres no período de pós-parto (puerpério). Então também inclui uma melhor atenção ao nascimento e, posteriormente, o acompanhamento dessas mulheres depois do parto”, comenta.

E que as mulheres podem fazer para evitar essas complicações? “A gente pode dividir isso em cuidados que as mulheres devem ter antes de engravidar e cuidados pré-natais. Os cuidados que a gente recomenda antes de engravidar são principalmente a manutenção do peso, engravidar em um peso mais próximo do seu peso ideal. Medicamentos que são usados de maneira contínua devem ser revistos porque alguns deles podem ser prejudiciais ao feto. Ou seja, para quem está pretendendo engravidar, converse com o médico porque alguns remédios podem ser continuados durante a gestação ou mudados enquanto não está grávida para que facilite o acompanhamento durante a gestação – não se pode simplesmente suspender as medicações”.

Além disso, Silvia reforça que “as mulheres devem observar se a suas vacinas estão em dia ou há alguma que deve ser usada antes de engravidar, por exemplo, a rubéola. É uma doença super simples quando acomete mulheres não grávidas ou crianças, mas passa a ter uma importância muito grande na gestação por conta das malformações fetais, da mesma maneira como a toxoplasmose”, diz. “Uma outra questão que deve ser vista é o do ácido fólico para prevenir malformações no feto, principalmente as que são de tubo neural, algumas das quais as crianças nascem com um problemas na coluna. Isso pode ser evitado fazendo o uso do ácido fólico antes de engravidar nos e nos três primeiros meses”.

Depois de engravidar os cuidados passam por um acompanhamento pré-natal e a realização dos exames. “São fatores muito importantes para evitar problemas que possam se agravar durante a gestação. A outra coisa é que mulheres grávidas não podem fazer o uso de álcool, fumo ou drogas ilícitas, nem medicamentos que não sejam prescritos pelos seus médicos”.

Fonte: Bonde

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