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Ato das Centrais Sindicais, que teve apoio da CONTRATUH, pede manutenção do auxílio de 600 reais e vacina para a população

O Brasil tem 19 milhões de pessoas passando fome em meio à pandemia. Em mais da metade dos domicílios brasileiros, famílias têm algum nível de insegurança alimentar. Por esse motivo, centrais sindicais e movimentos sociais organizaram um ato nacional em Brasília (DF), realizado nesta quarta-feira (26). Intitulado “#600ContraFome”,  o evento reivindicou a manutenção do Auxílio Emergencial, no valor de 600 reais, além de mais celeridade e compromisso com um plano de vacinação ágil e amplo para os brasileiros.

 

Para Moacyr Roberto Tesch Auersvald, vice-presidente da CONTRATUH e representante da entidade no ato, também Secretário Geral da Nova Central Sindical (NCST), é inaceitável que o controle do orçamento esteja acima da vida da população. “Nos organizamos, respeitando o distanciamento e impedindo riscos de contágio da COVID-19, mas fomos pras ruas mesmo assim, pois não podemos ficar parados, enquanto representantes da sociedade. O povo está passando fome, sem emprego, sem renda. A vida da população vale tão pouco assim?  A CONTRATUH fez parte desse movimento porque essa sempre foi peça importante, estar junto às centrais sindicais, e a Nova Central, nas ações na frente do congresso. Nós não vamos desistir de lutar pelo trabalhador, e nesse momento não poderia ser diferente”, disse.

 

 

“Esse é um ato histórico, diferentemente dos outros atos promovidos pelo governo, sem controle algum de infecção pelo coronavírus. Nos preocupamos com distanciamento, com o uso de máscaras, com a higiene das mãos, mas protestando e exigindo nossos direitos. O povo brasileiro hoje se encontra em pobreza e necessita do auxílio emergencial. Vivemos um momento duro da realidade da classe trabalhadora brasileira. Tivemos um aumento de 71% de desligamento do trabalho por morte. E, se considerarmos a informalidade, esse número é ainda mais assustador”, alertou José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central.

Além da CONTRATUH e da NCST, dezenas de outras entidades sindicais e movimentos de representação fizeram coro aos pedidos de mais apoio aos que vivem em situação de vulnerabilidade social.

 

Modelo econômico mais eficaz entrou na pauta

Além da luta para reduzir os números da miséria,  os manifestantes pediram a adoção de um novo modelo de desenvolvimento econômico com capacidade de retomar o crescimento com geração de empregos, contemplado em uma Agenda Legislativa comum (baixe aqui) entre as maiores representações sindicais do País. O documento, fruto da atuação de dirigentes e assessores das Centrais Sindicais, articulados no espaço do Fórum das Centrais Sindicais, foi concluído e entregue aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com apoio da assessoria técnica do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“Precisamos de um plano de retomada da economia, que contemple a classe trabalhadora. Vemos um governo que se preocupa com o mercado financeiro, mas esquece que nossa população economicamente ativa é que fará realmente termos uma retomada robusta da economia, gerando emprego e rensa para todas as classe sociais. Enquanto esse governo focar apenas no dinheiro, esquecendo a qualidade de vida dos brasileiros, não iremos evoluir”, discursou Moacyr Auersvald. 

O ato nacional também contou com uma relevante ação social: a doação de mais de 600 cestas com, ao mínimo, 16 itens colhidos na véspera (terça-feira, 25) do ato e transportados em quatro caminhões até a frente do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, onde foram expostos simbolicamente no gramado, em forma de mosaico. As cestas, montadas por cooperativas de agricultores familiares do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) foram doadas a 600 catadores de material reciclável da CENTCOOP, cooperativa na periferia do Distrito Federal formada por uma categoria de trabalhadores gravemente atingida pela falta de emprego e redução do auxílio emergencial.

 

Homenagem póstuma à José Calixto Ramos

A Nova Central, na oportunidade, lembrou a importância de respeitar os protocolos de proteção como medida indispensável para encurtar a curva de contaminados no país enquanto não há um plano nacional efetivo de imunização coletiva contra a Covid-19. Na ocasião do ato, foi realizado 1 minuto de silêncio em homenagem a José Calixto Ramos, líder sindical histórico, patrono da NCST. Os representantes da Nova Central se manifestaram a favor de que deputados e senadores acatem as sugestões apresentadas na Agenda Legislativa das Centrais, que contaram com apoio técnico especializado quanto à viabilidade e aplicabilidade de políticas públicas com potencial de resgatar o desenvolvimento econômico e social do país.

 

 

*com informações de imprensa NCST

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