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Bases Sindicalistas continuam discordando de Centrais

A CONTRATUH bateu o pé sobre o documento distribuído pelas três maiores Centrais Sindicais que retira o poder dos sindicatos e confederações, em reunião realizada no começo de fevereiro. Ontem voltou à carga com um manifesto unânime de seus filiados, discordando do documento das Centrais.

O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Moacyr Auersvald, assim como a CONTRATUH, discorda do formato e já vem se manifestando a respeito. Moacyr garante que há maiores prioridades que a estrutura sindical e que o texto desvaloriza os sindicatos de base.

Em entrevista ao R7, ele é crítico: “Estamos questionando essa retirada de poder dos sindicatos e confederações, que fazem o verdadeiro trabalho de base e que são essenciais para o diálogo com os trabalhadores. Além disso, com essa proposta, CUT, Força Sindical e UGT passarão a ter o poder de definir sozinhas os critérios que servirão de parâmetro para atuação de toda a estrutura sindical. Veja o exemplo desta proposta, sindicatos de base e outras centrais só foram consultados depois dela pronta”, afirma.

De acordo com Auersvald, rever a Reforma Trabalhista é mais importante. “A gente vem de uma reforma extremamente voraz, que arrancou direitos que consideramos cláusulas pétreas na legislação trabalhista, temos quase um milhão de pessoas na fila do INSS e as três maiores centrais sindicais do Brasil parecem estar mais preocupadas com questões que causarão um desgaste desnecessário neste momento”, completou.

Diálogo com Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao assumir a presidência, disse que abriria espaço no seu governo para as entidades sindicais. Mas o entendimento não durou muito. Já no segundo mês do seu mandato, as discussões entre lideranças dos sindicatos esquentaram.

A questão gira em torno do malfadado documento entregue pelas três maiores centrais sindicais do país – CUT, Força Sindical e UGT – que propõe, como ideia principal, a mudança da estrutura sindical com a criação do Conselho de Autorregulação das Relações do Trabalho. O modelo é rechaçado pelas demais representações, que consideram o texto pretendido como excludente e redutor dos poderes dos sindicatos de base.

Pretensão

De acordo com o documento, que as centrais pretendem levar para apreciação do Congresso Nacional, a nova agência teria autonomia para mediar conflitos trabalhistas e discutir outros temas, sendo constituída por sindicalistas, empresários e pessoas comuns, com vínculo direto ao Ministério do Trabalho.

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