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Brasil vacinal mal e entra numa tragédia

Desde 2015, o Brasil teve quedas sucessivas na cobertura vacinal de crianças contra doenças graves, como meningite e tuberculose.

Até doenças consideradas eliminadas estão retornando, como o sarampo e a poliomielite.

Desde 2018, segundo o Ministério da Saúde, nenhum imunizante do Programa Nacional de Imunizações (PNI) atingiu a taxa ideal de 95% do público-alvo o que preocupa médicos por todo o país.

Os números de hoje mostram tragédia, na vida real. A perda do certificado de eliminação do sarampo pelo Brasil em 2019, o aumento nos casos e óbitos de meningite neste ano e as recentes investigações de suspeitas de pólio são alguns exemplos.

O pediatra e médico sanitarista do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel Becker, diz que esses são “pequenos avisos” do que o país pode enfrentar muito em breve caso não recupere as coberturas vacinais.

Em entrevista ao GLOBO, o especialista resssalta que muitas infecções respiratórias aumentaram de forma inédita entre as crianças. Ele explica também que a baixa eficácia da vacinação contribui para o risco das doenças, que junto à falta de campanhas governamentais e o crescimento de movimentos antivacinas, propiciam a queda nas coberturas.

Sem os isolamentos houve uma intensidade maior de troca de infecções entre as crianças, disseminação especialmente de viroses respiratórias, que foi muito impressionante. “Foi algo inédito, que eu nunca tinha visto. Além disso, estamos vendo também alterações na sazonalidade das doenças, como a epidemia de gripe no ano passado em dezembro, em pleno verão, e agora também com surtos”, advertiu.

Fonte: O Globo

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