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Câncer de próstata é o segundo mais comum no Brasil

Cerca de 71,7 mil homens devem ser diagnosticados com câncer de próstata até o fim do ano no Brasil. A estimativa é do Ministério da Saúde, que qualifica esse como o segundo tipo de tumor mais comum entre homens, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca). São casos no país e 16,3 mil mortes em decorrência da doença todos os anos.

Além do preconceito, os vilões do diagnóstico incluem a falta de sintomas no início da doença, o que afasta os homens dos consultórios para um diagnóstico precoce. Ainda assim, a chance de cura pode chegar a 90% conforme o estágio da doença, estima o médico urologista Clodoaldo Silva, entrevistado pelo jornal gaúcho Zero Hora.

“O tratamento está relacionado ao estágio da doença, que é traiçoeira, pois faltam sintomas no início. É preciso que os pacientes façam exames mesmo sem sentir nada, pois a presença de sintoma, neste caso, pode ser indício de uma doença já avançada”, explicou.

Quando o sintoma aparece, ele vem em forma de dificuldade para urinar. Nesses casos, pode haver presença de sangue, redução do jato e aumento da frequência para ir ao banheiro. Com a evolução da doença, aparecem dores ósseas nas costas e nos testículos.

Um exemplo de reabilitação é o professor aposentado Joel Trigo Urdangarin, 68 anos, que enfrentou o câncer de próstata aos 49. A doença foi diagnosticada em uma consulta e ele teve a família e a religião como suporte emocional.

“Descobri por acaso, por isso falo para todos sobre a importância de fazer os exames cedo. Quando o diagnóstico vem, o nosso chão cai, mas com o susto a gente muda e vamos nos agarrando em propósitos maiores e vendo que a vida ainda é longa”, relata.

Após o tratamento, Urdangarin conta que mudou alguns hábitos e procura viver “um dia de cada vez”, aprendendo novas coisas.

“Tento cada vez ser mais humano, não pensar tanto em si, mas no outro. Para mim, a fé foi o caminho e minha família me complementa”, finaliza.

Em todo o país é possível consultar gratuitamente com médicos urologistas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, basta procurar os centros e unidades de saúde para receber o encaminhamento para as consultas nas sedes habilitadas.

A recomendação é que homens com histórico do câncer na família procurem atendimento a partir dos 45 anos. Os demais, a partir de 50 anos. As consultas devem ser anuais.

  • Com informações de Eduarda Costa da GZH e foto de Charles Guerra

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