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Dirigente de centrais volta a insistir na Reforma Sindical

Com o sugestivo título “A reforma sindical é necessária, diz Clemente Ganz Lúcio” o portal Rádio Peão Brasil, publicou uma entrevista com o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais, ex-diretor técnico do Dieese e parte da Equipe de Transição do governo Lula/Alckmin. Na entrevista, Clemente, que teria sido o autor intelectual daquele documento elaborado pelas três centrais CUT, Força Sindical e UGT, sugerindo uma reforma decretadora do fim das representações sindicais, extinguindo sindicatos, federações e confederações, entre outras representações e concentrando forças nas três proponentes, evidencia a sua posição sobre o assunto.

Clemente revela que “a reforma sindical é necessária e deve acontecer em parceria com o governo, centrais sindicais e o setor empresarial, através de um Grupo de Trabalho (GT) que inicia ainda em maio.”

“Vou ser muito claro, eu não vejo sentido prático em a gente falar da revogação da reforma trabalhista. Tem um novo mundo acontecendo e esse novo mundo, em muitos aspectos, está muito pior do que o mundo de 2016, do trabalho”, diz Ganz Lúcio. Nesta quinta-feira (18), ele palestrou na 19ª Edição do evento Painéis da Engenharia, do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (SENGE-RS), com o tema Relações de Trabalho e o Sistema Sindical. O evento marcou a celebração do Dia do Trabalhador, com a pauta das perspectivas e cenários para o sistema sindical.

Diz a publicação que “para Clemente, a reforma sindical é necessária e deve acontecer em parceria com o governo, centrais sindicais e o setor empresarial, através de um Grupo de Trabalho (GT) que inicia ainda em maio. “Nós estamos propondo que esse grupo desenvolva um conjunto de regras a partir do que nós temos hoje no Brasil, para valorizar e fortalecer a negociação coletiva e a segurança jurídica para criar condições para que os sindicatos possam desempenhar esse trabalho de representação de maneira correta, com a condição adequada, inclusive de financiamento, e também fazer a gestão do sistema de negociação e do sistema sindical com maior autonomia”, explicou.

“…a reforma trabalhista não protegeu e infelizmente é o que mais cresce, que é o trabalho mediado por aplicativo, isso tá crescendo e não tem regulação pra resolver. Então o nosso desafio é muito mais complexo e muito mais amplo do que simplesmente reduzir a reforma. O que vai ter que estar no lugar é um novo projeto, e, portanto, não é revogar. Tem uma coisa nova e essa coisa nova é diferente daquilo que existiu em 2016 em muitos casos. Um exemplo é o trabalho intermitente. Tem que acabar com o contrato intermitente? Eu acho que tem, mas tem que colocar alguma coisa no lugar. Nós vamos chamar ele de trabalho intermitente ou não? Não sei, mas existe trabalho intermitente, ele continuará existindo e precisa ser regulado.”

Para o presidente da Contratuh, Wilson Pereira, algo deve mudar para fortalecer o que a Constituição prevê. Infelizmente o Clemente está na contramão do que as bases sindicais entendem. E o secretário geral da Contratuh Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho, “Clemente está achando que vai passar o roldão! Terá muita dificuldade!”

 

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