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“Eu tenho direito, quero igualdade e respeito”

Esta frase, de minha autoria, foi vencedora do concurso elaborado pela UITA, na comemoração dos 16 anos de ativismo. Eu a uso principalmente nas datas de 8 de março, Dia Internacional da Mulher ou no Dia da Consciência Negra ou ainda durante as comemorações do Outubro Rosa.

Ela tem um significado todo especial pela nossa constante vigilância na defesa do direito do trabalhador. Esta é uma luta interminável.

O Brasil tem batido recordes de feminicídios, é gigantesco o número de mulheres vítimas de estupros e agressões físicas por violência doméstica.

Há décadas atuo na luta pelos direitos das mulheres, principalmente das trabalhadoras brasileiras. Recentemente fui reconduzida ao Conselho da Fiesp e acho que isso é um demonstrativo que estamos no caminho certo.

Mas me confesso preocupada com os dados sobre a mulher trabalhadora brasileira. Em São Paulo recebem em média 14,7% a menos do que os homens e representam 24% da força de trabalho. “Isso mostra a importância de debatermos a igualdade de gênero, a jornada tripla e tantos assuntos relativos à mulher. Temos muito a progredir”.

Precisamos reparar nossas estatísticas e resgatar a valorização da trabalhadora brasileira. Entristeço quando vejo mulheres parlamentares votando contra a igualdade salarial com os homens no nosso Congresso Nacional. Isso espanta, mas as vezes não surpreende

Não entendo que uma trabalhadora tenha que ganhar menos só porque engravida. E me preocupo que outras mulheres pensem que isso deve ser uma regra da sociedade. Gostaria que essa regra absurda não valesse apenas para a mulher eleitora. Deveria valer também para as parlamentares, se é assim que elas desejam e votam.

Então deixo a minha frase símbolo: “Eu tenho direito, quero igualdade e respeito”!

Maria dos Anjos Hellmeister, é diretora da Mulher e Gênero, da Contratuh

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