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Licença-paternidade e FGTS voltam a ser assunto do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade, nesta semana, à análise de processos já iniciados pela Corte. A pauta tem como primeiros itens os casos que tratam dos requisitos para pedido de divórcio e da análise sobre se há omissão na regulamentação da licença-paternidade no país.

Licença-paternidade

O Supremo vai recomeçar a analisar a ação que discute se o Congresso Nacional foi omisso ao não regulamentar a licença-paternidade de trabalhadores.

Já havia maioria de votos formada para reconhecer a omissão e para fixar prazo de 18 meses para os congressistas legislarem sobre a questão.

O julgamento, que estava sendo feito no plenário virtual (sem debate entre os ministros), foi levado para análise no plenário físico por decisão do presidente da Corte, ministro Roberto Barroso. Com esse movimento, o placar é zerado e o julgamento, recomeçado.

Agora, no plenário físico, o caso será julgado seguindo um novo modelo de análise, proposto por Barroso, em que as manifestações das partes no processo são feitas em uma sessão e os votos dos ministros, em um momento futuro.

A ideia desse formato é permitir que os ministros possam levar em conta em seus votos os argumentos das partes. Isso porque, atualmente, os magistrados geralmente já levam seus votos prontos para julgamento.

Pela proposta, a Corte poderá ouvir as manifestações dos envolvidos nas causas antes de debater e julgar o caso.

FGTS

Caso que interessa o governo pelos possíveis impactos econômicos, principalmente sobre o financiamento imobiliário, a retomada da discussão sobre a correção do FGTS ainda está indefinida.

O Supremo já adiou uma vez o recomeço do julgamento, a pedido do Executivo. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que o julgamento seja remarcado para daqui a 30 dias.

Até o momento, há dois votos na Corte a favor de se alterar o cálculo de correção do fundo, para que não seja inferior ao rendimento da poupança.

Em documento enviado na quarta-feira (1) ao ministro Roberto Barroso, a AGU disse que há uma tentativa de construir um acordo entre governo e sindicatos. Uma reunião para discutir o tema foi feita na terça-feira (31) com representantes do órgão, do Ministério do Trabalho, da Caixa Econômica Federal e de seis centrais sindicais.

A AGU citou o impacto social e econômico, “em especial para a política habitacional” de eventual decisão do Supremo mudando a correção do fundo.

“Adotando como premissa comum a garantia da saúde financeira e a sustentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as instituições públicas presentes na reunião e as centrais sindicais comprometeram-se a envidar esforços na construção de uma proposta de resolução da controvérsia em debate, que seja capaz de conciliar proporcional e razoavelmente os interesses constitucionais sob apreciação desse Supremo Tribunal Federal”, diz o documento, assinado pelo advogado-geral da União Jorge Messias e integrantes do órgão.

O Supremo havia iniciado a análise do tema em abril. Um pedido de vista de Nunes Marques interrompeu o julgamento na ocasião.

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