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Mulher é bem-vinda no Movimento Sindical Brasileiro

Elas estão em 39,1% dos postos de liderança do trabalho. O levantamento é da Confederação Nacional da Indústria. Os dados são do ano passado, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNDA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Em média elas dedicam 12 anos aos estudos, contra 10,7 dos homens. Mesmo assim ainda não lideram os cargos de chefia.

Entretanto no Sindicalismo há um crescimento substancial da participação feminina. Já são 9,3% contra 9,1% dos homens. Só entre 2012 a 2019, o percentual de homens sindicalizados superava o de mulheres, mas essa diferença caiu mais recentemente.

Hoje a presença das mulheres nos cargos de líderes sindicais cresceu 12% nos últimos cinco anos, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE.  Mais 38% dos sindicatos brasileiros têm mulheres em cargos diretivos, apontam o Dieese e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Esta é uma amostra do interesse da mulher em garantir a inclusão social e a representação feminina nos sindicatos. Cada vez mais elas se engajam às lutas por melhores condições de trabalho.

Salários iguais

Uma das maiores conquistas femininas ainda está a caminho. Um grande passo já foi dado com a lei que fixa a necessidade da igualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções no trabalho. O combate a violência, maior preocupação contra o feminicídio também se afloram nas discussões políticas.

O IBGE aponta que a diferença de remuneração entre homens e mulheres atingiu 22% no fim de 2022. Isso significa que uma brasileira recebe, em média, 78% do que ganha um homem. Mas estas distâncias tendem a diminuir a partir de agora.

Há ainda muitos desafios a serem superados. O Dieese e FGV também apontam que a representatividade feminina é maior em sindicatos de setores com ampla concentração de mulheres, como educação e serviços. Já em áreas tradicionalmente masculinas, como construção civil e transporte, a presença da mulher é tímida. A disparidade mostra a necessidade da prática de políticas inclusivas e ações afirmativas que incentivem e valorizem a participação das mulheres.

A participação sindical da mulher no Brasil evoluiu bastante, e vem sendo fundamental para a construção de ambientes de trabalho mais igualitários. Com a mulher nas entidades de classe, aumentam as chances de garantir direitos, combater a discriminação de gênero e promover a igualdade salarial.

A Contratuh há longo tempo em incentivando que a participação feminina seja proativa. A Confederação está seguidamente dando suporte às lideranças femininas e contribuindo para a preparação da mulher para participar. O presidente Wilson Pereira é defensor da ideia de que o movimento sindical precisa passar, obrigatoriamente, pela sensibilidade e esforço feminino. “Só desta maneira caminharemos para um futuro promissor e justo para a classe laboral brasileira”.

Fontes: IBGE, DIEESE, FGV e Agência Brasil com foto de Fábio Teixeira

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