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Nova Central defende sistema confederativo em Curitiba

Depois de enfrentar a dura Reforma Trabalhista imposta pelos governos Temer e Bolsonaro, o Movimento Sindical Brasileiro está diante de uma nova e difícil batalha: a da manutenção do sistema Confederativo e contra o esboço imposto por três Centrais Sindicais, CUT, UGT e Força Sindical, que ameaçam fazer valer um projeto de lei, visando a extinção do sistema confederativo e a redução substancial da representação sindical. O alerta vem sendo feito pelo presidente da Nova Central, Moacyr Auersvald e pelo advogado da NSCT, Cristiano Meira, conforme ficou muito claro na visita que ambos realizaram às representações sindicais do Paraná, na última quinta-feira, dia 20, na sede da Fetraconspar, cm Curitiba.

O advogado Cristiano Meira, esmiuçou cada um dos itens do que está já a nona versão do esboço do projeto de lei “proposto” pelas centrais sindicais e que até agora não foi definitivamente esclarecido e discutido com todo o segmento que existe no Brasil, a começar pelas bases sindicais.

Contestação

Diante desta sorrateira proposta que não chega a quem de direito é que a Nova Central e uma série de entidades representativas, como a Contratuh está  debatendo o assunto, aos pormenores, em cada região do Brasil. O que sobra é somente um documento vazado desde a primeira proposta, onde se prevê a extinção do sistema confederativo no máximo em dez anos e a redução de todo o sistema sindical brasileiro a apenas 20 categorias, passando-se toda a atual coordenação confederativa ao comando das três maiores centrais sindicais e concentrando categorias de menor representação em apenas vinte, o que de certa forma limitaria todas as decisões do setor, apenas às mais representativas, invariavelmente regionalizadas em São Paulo, onde estão os maiores grupos. Será uma espécie de agregação em poucas unidades de um “Sindicatão”, como ironizou o advogado Cristiano Meira em sua apresentação.

Contratuh

O presidente da Contratuh, Wilson Pereira, esteve em Curitiba e disse que foi através de uma publicação do site da Contratuh foi que se revelou o desejo das três Centrais, que até hoje não deram uma redação final ao Projeto e nem levam o tema às bases. “Chegaram a acusar que a publicação da Contratuh era uma “fake news”, mas na realidade, foi baseada num documento expedido pelas três centrais sorrateiramente, chegando ao presidente Moacyr, da Nova Central e que acabou revelado, já que nunca concordamos com o seu esboço. Então estamos aqui para esclarecer nossas bases e para dizer da nossa insatisfação com este pretenso projeto”.

A quem interessa?

Coube ao presidente da Nova Central regional, no Paraná, Denílson Pestana da Costa, num discurso eloquente, questionar: “A quem interessa esse tipo de projeto? Qual a finalidade da extinção do sistema confederativo? Por que aglutinar e eliminar os pequenos sindicatos. Isso foge do real interesse das bases e não é consenso das centrais, pois jamais passou pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores”

Outras várias manifestações de sindicalistas foram ouvidas durante o encontro, mostrando a união das bases contra esta proposta considerada “esdrúxula” e que jamais será aceita, porque se trata de uma decisão de cima para baixo e sem ouvir as bases sindicais.

Ao final do encontro, todos, de punho cerrado bradaram a força contrária do movimento, num gesto de descontentamento contra os esboços que foram definidos pelas três centrais.

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