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Outback exige que funcionários fiquem de joelhos para atender

Uma situação atípica e de extremo desconforto está sendo exigida pela cadeia Outback, que recém inaugurou um restaurante em São Luís, no Maranhão. O relato é da advogada Ana Beatriz Isaías (foto), que denunciou através das redes sociais que os funcionários são obrigados a ficar de joelhos para atender os clientes.

Num vídeo gravado em sua rede social Ana Beatriz disse que ficou indignada quando foi atendida por uma garçonete que se ajoelhou diante dela para receber o pedido. Ao indagar a funcionária sobre aquela prática, recebeu a resposta de que ela estava sendo obrigada pela empresa a se portar daquela maneira.

A alegação, segundo explicou a garçonete, é de que o garçom tem que ficar no nível do cliente para receber o pedido. Diante da surpresa da cliente, respondeu que “dói pra c…..” ter que ficar naquela posição com grande frequência.

Inconformada com a exigência a advogada registrou nas redes sociais e o caso tem gigantesca repercussão. Muitos foram os comentários, e houve até quem lembrasse que antigamente algumas lojas adotavam esta prática.

Para Ana Beatriz, que é advogada, “este é um tipo de prática que tem que ser denunciado às autoridades trabalhistas”.

O site “Fonte 98”, que publicou matéria a respeito tentou ouvir a justificativa da rede Outback, mas a empresa não deu qualquer satisfação a respeito.

Ao conhecer o conteúdo desta matéria, a diretora da CONTRATUH, para Assuntos Parlamentares, Vera Lêda Ferreira de Morais, que tem base em Brasília, disse que “aqui eliminamos as práticas de trabalhadores exercerem funções fantasiados em datas comemorativas”. E asseverou: “política de empresa não pode se sobrepor a normas de trabalho: assédio, analogia a escravidão, danos morais, jornada excessiva, entre outras práticas.”

Crime

O presidente Wilson Pereira analisou que a ação é crime e precisa ser punido com rigor. “Temos que agir como em todos os casos de abuso que a CONTRATUH vem constatando. E esse é um dos casos. Mesmo que as representações locais já tenham se manifestado, a Confederação não vai deixar passar em branco o acontecimento. Vamos acionar nossos meios e fazer cumprir a lei”, ressaltou o presidente.

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