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Vice-Presidente da NCST/DF participa de ação social de proteção às mulheres vítimas de violência

A vice-presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Distrito Federal e Entorno – NCST/DF, Vera Lêda Ferreira de Morais participou, nesta terça-feira (27/08), da cerimônia de entrega de peças como roupas intimas, vestidos, calças e camiseta confeccionadas pela Fábrica Social para doar a mulheres vítimas de violência. A líder sindical, que também é presidente do Conselho do Trabalho do Distrito Federal, lembrou que os alunos integrantes do projeto não só estão costurando roupas, mas “construindo um DF e construindo solidariedade”.

Quando uma mulher é agredida e precisa deixar as roupas como prova do crime na polícia, o mal-estar é grande. Se um parente ou amigo a estiver acompanhando, pode ir atrás de outra vestimenta para a troca. Mas se não tem com quem contar, a vítima ainda precisa passar o constrangimento de ficar enrolada em uma toalha ou lençol até que outra roupa seja providenciada. Essa cena, comum nas delegacias do DF, agora vai mudar. Isto porque a Fábrica Social providenciou a confecção de peças como roupas intimas, vestidos, calças e camisetas para doar a essas mulheres vítimas de violência. A entrega dos trajes foi realizada em cerimônia nesta terça-feira (27) na sede da fábrica, na Estrutural, pela Secretaria de Trabalho em parceria com a Secretaria da Mulher. Centenas de roupas já foram colocadas à disposição de eventuais vítimas (leia mais abaixo).

“Fizemos uma força-tarefa com os alunos do curso de confecção e já produzimos 150 kits. Cada um com uma roupa, um top e uma calcinha”, explica a coordenadora pedagógica da Fábrica Social, Denise Machado. Ela conta que os modelos ofertados nas delegacias foram pensados com muito carinho e técnica adequada para que sejam confortáveis. “Fizemos tudo bem larguinho pensando em vestir uma mulher, que está numa situação de dor profunda, na alma e no corpo.” São três modelos com cores variadas. O primeiro é uma camiseta tipo T-shirt com calça comprida; o segundo, regatas com cardigan e calça; e o terceiro, vestido reto. “Estamos fazendo todos em cores diversas para não estereotipar. Queremos acolher e não tornar tudo pior”, acrescenta Denise.

Na Fábrica Social, 50 alunas foram destacadas para a missão de confeccionar as roupas. “O assunto é sempre um tabu entre todos, difícil demais. Mas quando conversamos com as meninas, todas foram muito solidárias”, explica a professora de corte e costura Ediluce Amorim. “A ideia é que a gente inclua a confecção dessas roupas no processo formativo regular de todos os alunos”, completa. Antônia Perreira Cavalcante, uma das alunas que está colaborando na confecção dos kits, está feliz em participar do projeto. “É gratificante a gente ver que está ajudando alguém a se levantar. Ser violentada é algo muito triste. A gente nem imagina o que aquela mulher está passando”, avalia.

Sensação de acolhimento

A ideia é que as centenas de “kits vestuários”, à medida que sejam confeccionados, sejam doados para a Secretaria de Segurança Pública e, em seguida, redistribuídos para delegacias do Distrito Federal. As peças serão disponibilizadas principalmente para as vítimas de violências física e sexual que buscam socorro nas delegacias da região. Em um segundo momento, o trabalho deve ser ampliado de forma que todas as delegacias recebam o material. O inovador programa visa dar privacidade às mulheres vítimas de abuso e também ajudar na agilidade das investigações, uma vez que as roupas das vítimas são disponibilizadas para perícia técnica. A delegada-chefe adjunta da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher, Scheyla Cristina Costa Santos, descreveu a situação de vulnerabilidade das mulheres que chegam às delegas. “Muitas vezes chegam sujas, rasgadas e precisam dessas roupas para trocar as vestimentas que estavam usando”, relata a policial civil.

Fonte: Agência Brasília com adaptações da Imprensa NCST

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