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Centrais sindicais apoiam Lula, mas pedem recuperação de conquistas

As principais centrais sindicais brasileiras foram a concentração do dia 1° de maio de 2024 com um discurso unificado, pedindo a manutenção do apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas cobraram do governo medidas para “reduzir os danos” causados aos sindicatos pela reforma trabalhista em vigor desde em 2017.

O presidente da Nova Central Sindical, Moacyr Auersvald, pediu por emprego decente, correção da tabela de Imposto de Renda, juros mais baixos, valorização do serviço e dos servidores e servidoras públicos, salário igual para homens e mulheres e aposentadoria digna. São pontos que já vem batendo ao longo do governo Lula. Moacyr lembrou que o 1º de Maio, além de ser um dia festivo também é de luta.

“Já passamos por muitas dificuldades, mas nada vai nos tirar da luta por um Brasil Mais Justo. Precisamos enaltecer as nossas conquistas, mas ainda queremos muito mais e podemos com o apoio do presidente Lula”, destacou Moacyr.

Wilson Pereira, presidente da Contratuh, também esteve presente e foi um dos oradores do encontro. Começou por enaltecer as Centrais Sindicais na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ele lembrou que “o 1º de maio é um dia de reflexão, de luta em prol dos trabalhadores brasileiros. Independente da difícil situação que a classe laboral e as instituições estão vivenciando, toda a classe operária brasileira está de parabéns pela resistência aos ataques que sofrem diuturnamente.” Wilson defendeu os direitos das mulheres, e das crianças que são o futuro do país”, pelo que foi muito aplaudido.

Argumentou “que alguns grupos estão tentando atrapalhar o governo do presidente Lula, mas com o apoio do povo brasileiro, em especial da classe trabalhadora, ele continua lutando pelos avanços para que o Brasil tenha uma sociedade justa, porque ele é a esperança para trazer mais luz aos que realmente precisam de um governo com as atenções voltadas para os mais necessitados.”

Wilson enfatizou também “a importância do fortalecimento das instituições, com fortes avanços no movimento sindical, especialmente dos sindicatos de origem que são a base da engrenagem que alavanca o movimento social que defende o trabalhador.”

O tradicional evento para celebrar o 1° de maio neste ano foi realizado no estacionamento da Arena Neo Química, em Itaquera (zona leste), pelas oito principais centrais brasileiras: Nova Central, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Intersindical e Pública.

Reforma

Lideranças sindicais admitem que a revogação da reforma trabalhista — um tema que rondou a campanha de 2022 — não é uma bandeira para ser defendida no cenário atual.

“Não queremos revogar a reforma trabalhista, mas repactua-la e minimizar danos”, disse Ricardo Patah, presidente da UGT. Frisou que as centrais têm uma “ótima relação” com Lula. “Em 1 ano e 4 meses ele conseguiu conquistas relevantes: a economia está controlada e temos uma política de salário mínimo. Muita coisa andou”, ponderou.

Entre as demandas da categoria, o presidente da UGT defendeu que se estabeleçam formas de custeios dos sindicatos. “Todo país tem formas de remunerar a estrutura sindical. O governo anterior e a direita queriam exterminar os sindicatos”, afirmou.

Em linhas gerais, as centrais querem apoio de Lula para uma agenda mais modesta no Congresso do que a revogação da reforma trabalhista.

Pedem que a homologação dos trabalhadores demitidos volte a ser feita obrigatoriamente pelos sindicatos, defendem que a contribuição da assistência sindical seja definida em assembleia e aplicada em folha a todos que não se opõem a ela (quem for contra precisa acionar a entidade, e não como acontece hoje).

“Não temos como revogar a reforma trabalhista, porque não temos força no Congresso Nacional, mas queremos mexer em pontos dela”, disse Antonio Neto, presidente da CSB. Sobre Lula, garantiu que “o presidente mantém uma ótima relação com as centrais”.

Secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, segue o discurso dos demais.

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