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INFLAÇÃO AINDA CASTIGA OS MAIS POBRES

O valor da cesta básica para o cidadão brasileiro está, nos últimos doze meses, três vezes superior ao que vinha sendo registrado pela inflação acumulada dos últimos doze meses. A pesquisa é da Universidade Católica do Paraná – PUC PR.

A falta da correção do salário mínimo, segundo entende a CONTRATUH é um dos pontos desfavoráveis para o trabalhador brasileiro, já que os índices de aumentos salariais estão congelados nos últimos anos.

“Enquanto não houver uma política de acompanhamento inflacionário do ganho do trabalhador, teremos registros iguais a esse”, adverte o presidente da CONTRATUH, Wilson Pereira.

Os números foram tomados dos principais alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. O leite foi responsável pelo o maior peso na cesta básica (60,81%), também encareceram o café (46,34%), a banana prata (31,07%), batata-inglesa (25,12%), margarina (24,19%) e feijão-carioca (22,67%)

A alta no preço da cesta básica chegou a quase 26% nos últimos 12 meses até agosto. O Curso de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com base em dados de inflação de 13 alimentos que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.

Para os economistas da PUC PR a inflação da cesta básica continua em patamares muito acima do índice geral de inflação oficial. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação da cesta básica variou em alta de 25,9%. Já o IPCA fechou em 8,73% no mesmo intervalo de tempo.

Numa comparação mensal, houve pequena queda no preço da cesta na passagem de julho para agosto, -1,88%.  De acordo com o responsável do estudo e coordenador do curso de economia da PUCPR, Jackson Bittencourt, o recuo foi pelo fim da entressafra.

Com isso caíram os preços do leite, pelo melhor clima que vem fazendo, além da queda de preços dos combustíveis. No entanto, Bittencourt ressalta que “o Brasil não vive um processo de deflação para valer”.

Cerca de 2,4 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil vivem em cidades onde não conseguem comprar a cesta básica com o total do valor do benefício, pelos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A cesta básica é mais cara do que os R$ 600 do Auxílio Brasil em doze das dezessete capitais pesquisadas: São Paulo (R$ 749,78), Porto Alegre (R$ 748,06), Florianópolis (R$ 746,21), Rio de Janeiro (R$ 717,82), Campo Grande (R$ 698,31), Vitória (R$ 697,39), Brasília (R$ 689,31), Curitiba (R$ 685,69), Goiânia (R$ 660,83), Belo Horizonte (R$ 638,19), Belém (R$ 634,85) e Fortaleza (R$ 626,98).

Somente em cinco capitais o benefício é suficiente para comprar uma cesta básica: Recife (R$ 598,14), Natal (R$ 580,74), Salvador (R$ 576,93), João Pessoa (R$ 568,21) e Aracaju (R$ 539,57).

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